sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

MATRIZ DA PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO DE VISCONDE DO RIO BRANCO - MG - AJUDE-NOS A COMPLETAR ESTA OBRA - PARA DOAÇÕES: AGÊNCIA "0881-8" - CONTA CORRENTE "3.905-5" - BANCO DO BRASIL - PÁROCO Pe. EDUARDO INÁCIO DE ABREU

Lá fora está bonitinho, mas, aqui dentro tem muito serviço
 e poucos operários trabalhando, foi o que vi hoje pela manhã.

                                                    Em 28/01/2010


RIO-BRANQUENSE OU NÃO, PRESENTE OU AUSENTE, DEUS LHE PAGUE POR SUA GENEROSA DOAÇÃO E, JAMAIS LHE FALTE A GRAÇA DE DEUS E A PROTEÇÃO DO GLORIOSO MARTIR SÃO SEBASTIÃO."MINHA TERRA TE VEJO CONTENTE"





                                      VIA        VERITAS      VITA
                                  CAMINHO   VERDADE     VIDA
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28/01/2010

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

LEMBRANÇAS ("17")


                                          NATAL
                   (o aniversariante do dia é Jesus)


                                                                   Rizzio Costa


Na noite morna e calma de Belém, corria
Um vento leve, refrescante e perfumado
Que vinha lá de longe, lá da pradaria.
Sente-se no ar, tal como foi profetizado,
Ser este o tempo da chegada do Messias,
Que livrará todo o Israel da escravidão
Que Roma lhe impõe. No entanto, as profecias,
Todo judeu as guarda no seu coração.


Pois nessa noite, na visão de alguns pastores,
O céu se abriu e anjos cantavam seus louvores
A Deus, num cântico, expressão de amor profundo:
"Nasceu-vos hoje o Cristo, o Salvador do Mundo!
"Ide adorá-lo! Eis que uma estrela à vossa frente,
Com segurança, guiará os vossos passos
A um estábulo, e José, serenamente,
Vos mostrará Maria com Jesus nos braços"..."


Realiza-se, assim, a antiga profecia:
Um Deus despoja-se da sua eternidade
Nasce na terra, torna-se homem (que humildade!)
E, anos mais tarde, grandioso, em agonia
Na cruz,  braços abertos, tensos, num transporte
De amor, envolve o mundo num abraço imenso,
Com o qual Ele, já no alto da cruz suspenso,
Dá o perdão àqueles que lhe dão a morte!...




Dezembro, 25, dia de Natal,
Aniversário de Jesus, o Redentor,
Que, usando uma linguagem simples, natural,
Revelou para aquele povo sofredor,
Numa palavra de Esperança, Fé e Paz,
Que Deus é Pai e que seu filho, arrependido,
Será por Ele mesmo um dia recebido
Com uma festa como só no céu se faz!..
E Ele, mais tarde, olhando para a multidão
Que o segue, apiedado, e tendo-se sentado,
Ali no monte faz belíssimo sermão.
Numa tribuna aquele monte é transformado,
Uma tribuna de onde ainda ecoa a voz
De um Deus falando para todos, todos nós
"Que o mais simples é bem-aventurado
Porque o reino dos céus lhe será dado!"


"E bem-aventurados são os mansos!
Eles verão a terra prometida
E nela encontrarão os seus remansos
Que lhes garantirão boa acolhida,
Do mesmo modo, bem-aventurados
São aqueles que choram sua dor;
Eles serão, por certo consolados
Por um Pai que perdoa e que é AMOR!"


Os que têm fome e sede de justiça
E põem, pelo amor arrebatados,
Sua vontade à de Deus submissa,
Esses serão, por certo, saciados!
E bem-aventurado é quem for puro,
E aquele que tem limpo o coração;
Jesus lhes garantiu que, em seu futuro
Perto de Deus, felizes viverão!" 


E bem-aventurados os pacíficos,
Mensageiros de Paz e comunhão,
Que por serem protótipos magníficos
Do amor, filhos de Deus se chamarão!"


Dezembro, vinte e cinco, dia especial,
Aniversário de Jesus! Que, neste Nome,
O envergonhado da carência total
Tenha a esperança, ao menos, de um Natal sem fome...
Que o Deus-menino nos envolva num abraço
Bem forte, e, cheio de ternura e de bondade,
Siga conosco na viagem, passo a passo,
Pelo caminho que nos leva à Eternidade!


Que nas lixeiras nunca mais seja encontrado
Recém-nascido, herdeiro de uma frustração;
Justiça e amor, a caridade e a mansidão
Eis o que quer de nós Jesus Ressuscitado.




Dezembro, vinte e cinco, Dia de Natal
Aniversário de Jesus, o Redentor!
Que, com Ele, a esperança volte ao coração
Dos pais com filho mergulhado em lodaçal
De drogas, onde impera o mal e o desamor;
Que Ele, o Ressuscitado, estenda Sua mão
E sobre nós derrame paz e muita luz
Suavizando, assim, a dor da nossa cruz.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

LEMBRANÇAS ("16")


         
             História do Natal
      O Aniversário de Jesus
                                             Rizzio Costa

   O Império Romano dominava toda a Palestina e, em Nazaré, tem início a história do nascimento de Jesus, quando, certa noite, o anjo Gabriel apareceu a Maria, ainda noiva de José, e anunciou que, dela, virgem, nasceria o Messias, o esperado por todo o povo de Israel. (Lc 1,26-).
   Passados alguns meses, já quase no final da gravidez de Maria, chega a Nazaré a notícia de que, por decreto do Imperador César Augusto, todos os seus súditos deveriam ser contados e as pessoas deveriam apresentar-se na cidade sede da tribo a que pertencessem. 
   Assim, tanto José quanto Maria, que eram da tribo de David, deveriam apresentar-se em Belém.
   Entretanto, embora estivesse próxima, a hora do parto, cheios de fé, partiram para Belém e, naquela cidade, nasceu Jesus  e cumpria-se, assim, a antiga profecia...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

IMACULADA CONCEIÇÃO


08 de dezembro
A IMACULADA CONCEIÇÃO




O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado por Pio IX, em 1854. Portanto, são exatamente 154 anos. Em 1830, 24 anos antes dessa proclamação, Nossa Senhora apareceu a Catarina Labouré mandando cunhar uma medalha com a imagem da Imaculada e as palavras: " Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós". E as aparições em Lourdes em 1858, foram saudadas como confirmação celeste do dogma, pois a Virgem se apresenta a Bernadete Soubirous com as palavras: "Eu sou a Imaculada Conceição".
Toda via, a história da devoção a Maria Imaculada precede em séculos a proclamação do dogma, que não introduziu nenhuma novidade, mas simplesmente reconheceu uma tradição bem antiga.


Durante séculos os teólogos discutiram sobre como Maria poderia ter sido preservada da mancha do pecado original, salvaguardando a doutrina da redenção operada por Cristo em favor de todas as criaturas. Foi o bem-aventurado franciscano Duns Scoto, no século XIII, que encontrou o argumento sobre a conveniência da Conceição Imaculada de Maria: "Deus podia criá-la sem mancha, porque a Deus nada é impossível (Lc 1,37); convinha que Deus a criasse sem mancha, porque estava predestinada a ser a Mãe do Filho de Deus; e se Deus podia, se convinha, Deus a criou isenta do pecado original, ou seja, Imaculada". Diante desta sutil argumentação, os teólogos concordaram em aceitar a doutrina. De fato, a partir disso, a doutrina da Imaculada Conceição fez também rápidos progressos na consciência dos fiéis.


Desde 1263, a Ordem Franciscana celebrou com muita solenidade a Imaculada Conceição no dia 8 de dezembro de cada ano. A Igreja introduziu a festa no calendário litúrgico já em 1476. José de Anchieta foi o apóstolo que propagou a doutrina da Imaculada no Brasil. Não podemos esquecer que a Padroeira do Brasil recebeu o título de oficial de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. É belo e comovente ouvir o povo cantando: Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Salve, Virgem Imaculada, ó Senhora Aparecida!


A Imaculada foi a primeira a receber a plenitude da benção de Deus que se manifestou na morte e na ressurreição de Cristo. Maria, na sua fidelidade ao projeto de Deus, na vocação de Mãe do Salvador, nos ensina o caminho da santidade. Por isso, a Igreja, nesta festa, reza: "Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para o vosso Filho, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo o pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós purificados também de toda culpa por sua materna intercessão".


Frei Jorge Hartmann - OFM








"LEMBRANÇAS" (15)


Uma história "tão antiga e sempre nova"...
                                                              
                                             Rizzio Costa


Veio vindo, veio vindo,
De repente ela chegou
E de mansinho, sorrindo,
"Sou Maria", ela falou.


A seguir, nos apresenta:
Este é José, meu marido,
Que nos braços acalenta
Jesus, o filho querido.


Mas, num sonho, de repente,
José ouve um anjo e, aflito,
Leva, precavidamente,
A família para o Egito.


Em breve, tempos serenos,
Passada a perseguição,
Três felizes nazarenos
a seu lar regressarão.


Anos depois...


Muito tempo já passado,
Seguindo a mãe, que o conduz,
A ele, um pouco afastado,
Ela diz: "Vem cá Jesus".


Então, mãos dadas, e a sós,
Os dois seguem seu caminho
À procura de um cantinho
Junto a cada um de nós...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"LEMBRANÇAS" (14)

O velho
                                           Rizzio Costa

Os anos pesam em seus ombros encurvados
E ele faz sua caminhada matutina,
No passo calmo dos idosos fatigados.
Descansa às vezes reparando uma vitrina.

E lá vai ele, agora passos apressados,
Para alcançar a Praça após, aquela esquina,
Onde meninos se divertem resguardados.
Enfim, a sua caminhada ali termina:

A Praça! Um banco e a solidão de um novo dia!
Seu corpo, enrijecido, então todo se solta
Pois a magia da saudade traz de volta

Lembranças de uma casa que hoje está vazia.
No chão, ao vento, folhas secas vão rolando...
Mas ele fecha os olhos! Ele está chorando...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"LEMBRANÇAS" (13)

      O amanhecer dourado

                                         Rìzzio Costa


Desenrola-se a cena, neste instante,
Do sol que, no horizonte, vem nascendo
E faz o céu em luz ir-se ascendendo,
Qual círio para a noite agonizante.


Rompendo a escuridão, daí em diante
Luz e calor! O sol, resplandecendo,
Faz com que a terra, aos poucos se aquecendo,
Mostre-se viva e linda e deslumbrante!


Lá no alto, o monte ganha um tom dourado
E forma um diadema iluminado,
Como oferta do sol àquela serra...


Também, em nossa vida um sol existe
Que ilumina a alma quando ela está triste,
Pois é nela que o Eterno Amor se encerra!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"LEMBRANÇAS" (12)

        A magia das manhãs
                                           

                                          Rizzio Costa

Veja, a magia das manhãs começa!
Lá bem no alto da serra o sol desponta,
A terra se engalana a toda pressa
E, para o dia começar, se apronta.

Pois ele começou... e uma promessa
De sons e luz está a nos dar conta
De como cada novo dia expressa
O milagre que a vida nos aponta.

Flores se abrindo, pássaros cantando,
Sol aquecendo, vento refrescando,
Rios que vâo correndo para o mar...

Amigo, assim também é nossa vida:
Um novo dia sempre vai mostrar
Que há luz depois da noite mais sofrida!
    

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

"LEMBRANÇAS" (11)

     Sonhos mortos
                                              Rizzio Costa

Os sonhos mortos... os corações endurecidos...
Eis o que resta dos amores fracassados!
Para trás ficam os momentos já vividos
Pelos que amaram muito e foram rejeitados.


Maus sentimentos, em palavras traduzidos,
Levam-nos sempre a julgamentos apressados,
Mas, se há palavras que nos ferem os ouvidos,
Há muitas outras que nos deixam consolados.


Perdoe e leve sempre em conta que o perdão
É como o vento que sussurra galanteio
Para a roseira e, aos seus espinhos, segue alheio...


Assim, de novo, a paz virá ao coração,
Pois, o que vale uma paixão sem esperanças?
Deixe que, no ar, fique o perfume das lembranças...

"LEMBRANÇAS" (10)

Lembranças...
                                              Rizzio Costa

Foste a fascinação da minha vida,
Foste o melhor dos sonhos que eu já tive! 
Talvez por isto (pois não foi perdida)
Tua imagem comigo ainda vive.

Na rolagem do tempo, reprimida,
Quantas e quantas vezes me detive
Na ânsia de esquecer a dor sofrida,
Pelo amor que morreu... e me contive!

Hoje sei que não devo lastimar
Perder-te. És feliz, isso me conforta
E já me basta. O resto, pouco importa!

Assim, eu venho aqui te desejar
Tudo o que para nós eu sempre quis:
Segue o teu sonho e, assim, serás feliz!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

SALMO 91

1. Tu que habitas ao amparo do Altíssimo, e vives à sombra do Omnipotente,
2. Diz a Javé: «Meu refúgio, minha fortaleza, meu Deus, eu confio em Ti!»
3. Ele te livrará do laço do caçador, e da peste destruidora. 4. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te refugiarás. O seu braço é escudo e armadura.
5. Não temerás o terror da noite, nem a flecha que voa de dia,
6. Nem a epidemia que caminha nas trevas, nem a peste que devasta ao meio-dia.
7. Podem cair mil a teu lado e dez mil à tua direita, a ti nada te atingirá.
8. Basta que olhes com os teus próprios olhos, para veres o salário dos injustos,
9. Porque fizeste de Javé o teu refúgio e tomaste o Altíssimo como defensor.
10. A desgraça jamais te atingirá, e nenhuma praga vai chegar à tua tenda,
11. Pois Ele ordenou aos seus anjos que te guardem nos teus caminhos.
12. Eles levar-te-ão nas mãos, para que o teu pé não tropece em nenhuma pedra.
13. Caminharás sobre cobras e víboras, e pisarás leões e dragões.
14. «Livrá-lo-ei, porque a Mim se apegou. Protegê-lo-ei, pois conhece o meu Nome. Ele invocar-Me-á, e Eu responderei.
15. Na angústia estarei com ele. Hei-de livrá-lo e glorificá-lo.
16. Vou saciá-lo com longos dias e far-lhe-ei ver a minha salvação».

Leia mais em: http://www.bibliacatolica.com.br/24/21/91.php#ixzz1lib3yv4f

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

DO MEU IRMÃO CÉLIO JÉSUS SABIONI MILAGRES (BH), RECEBI ESTA MENSAGEM.


oi‏


De: celio sabioni (csabioni@terra.com.br)

Enviada: domingo, 18 de outubro de 2009 12:21:37

Para: mjsabioni@hotmail.com


João,

recebí isso, acho que tem a ver com o seu blog versus rádio comunidade, abraços.

"Os ventos que, às vezes, tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar...


Por isso, não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado.Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre... "

Inté.

Célio.

PS: Tudo que lhe falo vc já sabe, mas dá vontade, então eu digo. PT.
 
(Nesta mensagem o Célio se refere ao programa radiofônico que, de segunda a sexta-feira às 15 horas, apresentamos na Rádio "Comunidade" de Visconde do Rio Branco - MG, "MOMENTO DA MISERICÓRDIA", por iniciativa do Padre José Carlos Ferreira Leite, desde 02 de janeiro de 2004, durante 61 (sessenta e um meses) e encerrado em 30 de janeiro de 2009.
Para quem não conhece o Célio, quero esclarecer que, mesmo morando em BH há mais de 35 anos, ele continua atento a tudo que acontece por aqui, festejando o que é bom e se entristecendo com as nossas decepções).

Nesta oportunidade, quero agradecer a todas as pessoas que durante a permanência do Momento da Misericórdia no ar, foram fiéis companheiras sintonizadas conosco diariamente e até hoje lamentam o seu fim, mas, também aquelas que comigo assumiram a responsabilidade e apresentaram o M.M. ao vivo nos estúdios da emissora sem medir sacrifícios. Graças a Deus.                 
                                           João Sabioni Milagres

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"LEMBRANÇAS" (9)

                Carlinho
            (nome fictício)
                             
                                    Rizzio Costa

O garotinho à minha porta foi falando:
“Moço, me dá dinheiro prá comprá um pão”?
Entre assustado e triste, olhei-o, reparando
Seus olhos, que diziam “não me negue não”...
Aquele olhar me conquistou. Fiquei pensando:
Ao dar esmola, sem com isso dar amor,
Ofende-se a quem pede, às vezes implorando,

Socorro urgente para alívio de uma dor...
E crendo até que este menino é, na verdade,
A inocência pondo à prova a caridade
De cada um, tentei com ele ir conversando.
E quis saber seu nome e onde ele está morando
“Nome, Carlinho; a casa é lá no mutirão”...
E o que, afinal, você será quando crescer?
“Um cortador de cana”, foi sua resposta
E ele saiu, mas a mensagem eu gravei,
Para que, nestas rimas pobres, fique exposta,
Como “historinha”, a conclusão a que cheguei:
Dei-lhe o dinheiro e, no outro dia, ele voltou
Trazendo ao lado, um seu amigo, e me apontou:
“Esse é o moço que eu falei que riu prá mim”.
Mas não pediram nada e eu pude perceber
O desencanto que há em uma vida assim:
Um conheceu de perto o amor e ver trazer
O outro e, este, quis... me ver, de perto, para crer!...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Lucas 12, 13-21

"Disse-lhe então alguém do meio do povo: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Jesus respondeu-lhe: Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós? E disse então ao povo: Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas. E propôs-lhe esta parábola: Havia um homem rico cujos campos produziam muito. E ele refletia consigo: Que farei? Porque não tenho onde recolher a minha colheita. Disse então ele: Farei o seguinte: derrubarei os meus celeiros e construirei maiores; neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens. E direi à minha alma: ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Deus, porém, lhe disse: Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas, que ajuntaste, de quem serão? Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus".
                                           ***
                              Amigo, amiga,
se você é nosso visitante habitual, se você gosta e aprova o que estamos fazendo, contribua divulgando-nos entre seus amigos, sua família, enfim, entre as pessoas que, como você, ajudam a construir um mundo melhor.
Esteja certo de que, se você for comigo, Jesus será a terceira pessoa e, assim a vitória é certa porque,
                      O Amor de Cristo nos reuniu.

domingo, 18 de outubro de 2009

"LEMBRANÇAS" (8)

    

       Lembranças do passado
                                                   
                                          Rizzio Costa

De mansinho, e de leve, me surpreendeu
A lembrança da minha mocidade,
Um tempo que passou, não se perdeu,
Eis que voltou em forma de saudade.


Foi então que um desfile aconteceu:
Sombras deslizam com suavidade
Lembrando-me de quem me precedeu
Na caminhada para a Eternidade.

Fatalidade Eterna! A vida passa
Como água que, ao cair, se esvai no chão
E como, no ar, consome-se a fumaça!

Ah, vida! Se de amigos ela cessa,
Na lembrança, a saudade, então, começa!
......e, ao céu, por eles, sobe uma oração...

"LEMBRANÇAS" (7)

Lembrança de um carnaval


                Rizzio Costa






Lembro-me bem daquele carnaval!
Há quanto tempo? Pouco, pouco importa,
Pois, lembrança é apenas, e afinal,
Um "ontem" que para o "hoje" se transporta


O passado... e aquele carnaval!
Mundo de fantasia, que me exorta
A acreditar que seja natural
Trazer de volta uma esperança morta!


A festa, porém, chega ao seu final
Despede-se a orquestra, a luz se apaga
Mas o meu coração ainda afaga


Desejos de, em recordações serenas,
Reavivar, por um instante apenas,
Aquela noite... aquele carnaval!

sábado, 17 de outubro de 2009

"LEMBRANÇAS" (6)


             

                        A roseira                                                              
                                                 Rizzio Costa


Surpreendente uma roseira como aquela!
Em cada ponta de seus ramos, uma rosa
Encanta a quantos vão passando perto dela
Que, desenvolta, oscila no ar toda orgulhosa.


Aquelas rosas, grandes, cada qual mais bela,
De aveludada cada pétala mimosa,
Bem poderiam ser pintadas numa tela
Que eternizasse ali a flor maravilhosa.


Talvez um dia alguém se lembre destes versos
E venha pôr sobre meu túmulo, dispersos,
Ramos de rosas tão vermelhas quanto aquelas,


Como a dizer que as rosas lembram a paixão
Exposta nestas rimas simples, e singelas,
Em noite fria e de dorida solidão...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"LEMBRANÇAS" (5)



                          A festa da vida
                                                        Rizzio Costa


"Na casa de meu Pai há muitas moradas"..... Jo, 14, 2


Quando eu morrer não chore imersa em pranto e dor,
Enxugue a lágrima que rola em sua face!
Só morre o corpo; a alma imortal, no desenlace,
Procura o Pai, que nos aguarda com amor.


Deixe, pois, que Ele me receba e que me abrace,
Deixe-me estar bem junto ao peito do Senhor,
Como se nesse dia, Ele ávido de amor,
A repousar junto de Si me convidasse;


Morte é, apenas, o começo de uma vida.
Ela é o início do caminho de subida
Para o encontro entre nós e Deus, que é a Verdade;


Morrer é, pois, caminhar rumo à eternidade,
Um lugar onde tudo é paz e tudo é luz,
Nossa morada preparada por Jesus...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"LEMBRANÇAS" (4)

              Quadras
                                Rizzio Costa


Deixe que a espuma carregue
As tristezas desta vida,
Pois, só assim se consegue
Curar a dor das feridas!...


               A água do rio do amor
               Vai carregando uma rosa;
               Quando o rio leva flor
               A água fica cheirosa.

                        

"LEMBRANÇAS" (3)

Lição de amor
                                                           Rizzio Costa

Na quietude da manhã cinzenta e fria,
A procurar alivio para a minha dor,
Batí às portas do hospital. Na portaria
Encontro a mãe com filho ao colo, encontro o Amor!

Ele ferido, ela assustada, parecia
Compartilharem, entre sí, o seu temor,
Todos os medos que o ambiente propicia,
E alí apenas figurava um sofredor.

Tal como a mãe quando, chorosa, ali me viu, 
Mesmo chorando também, ele me sorriu...
Talvez quisessem me animar, me encorajar...

Então, chorei ao entender sua mensagem:
Somos irmãos, na vida estamos de passagem
Só pode transmitir amor quem sabe amar...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

“LEMBRANÇAS” (2)

Outono de um cego
                                                Rizzio Costa



Há pouco e pouco, sinto os olhos embaçados,
A praça perde o seu contorno, uma neblina
Vai avançando lentamente e, nos relvados,
Flores se escondem por detrás dessa cortina.


Folhas caídas, sonhos meus acalentados
À luz do sol que já se põe... (luz vespertina)
São o prenúncio de tempos aguardados
Na longa noite que, parece, não termina.



Mas nem assim deixo a tristeza me afetar
Pois, na memória tua imagem vou gravar
Como lembrança que comigo guardarei



E, embora cego, eu te “verei” sempre presente
Jovem, lindíssima, tal como antigamente,
Aquela moça deslumbrante que eu amei...

"LEMBRANÇAS" (1)

                Oração.

                                     Rizzio Costa

Senhor, olhai por nós e tende piedade.
Mandai o Vosso Santo Espírito até nós
Para mostrar-nos o caminho da verdade,
Única forma de chegarmos até Vós...
E nada impeça que encontremos o caminho
Que ao Paraiso, certamente, nos conduz,
Doce recanto, céu de paz e eterna luz,
Onde Maria nos aguarda com carinho...

               

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

JOÃO, 14

Capítulo 14


EVANGELHO SEGUNDO João cap 14

Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim.* Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar.* Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais. E vós conheceis o caminho para ir aonde vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?
Jesus lhe respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.


Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta. Respondeu Jesus: Há tanto tempo que estou convosco e não me conheceste, Filipe! Aquele que me viu, viu também o Pai. Como, pois, dizes: Mostra-nos o Pai... Não credes que estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é que realiza as suas próprias obras. Crede-me: estou no Pai, e o Pai em mim. Crede-o ao menos por causa destas obras. Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Qualquer coisa que me pedirdes em meu nome, vo-lo farei. Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco.* É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos. Voltarei a vós. Ainda um pouco de tempo e o mundo já não me verá. Vós, porém, me tornareis a ver, porque eu vivo e vós vivereis.* Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim e eu em vós. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama. E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele. Pergunta-lhe Judas, não o Iscariotes: Senhor, por que razão hás de manifestar-te a nós e não ao mundo? Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada. Aquele que não me ama não guarda as minhas palavras. A palavra que tendes ouvido não é minha, mas sim do Pai que me enviou. Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize! Ouvistes que eu vos disse: Vou e volto a vós. Se me amardes, certamente haveis de alegrar-vos, que vou para junto do Pai, porque o Pai é maior do que eu. E disse-vos agora estas coisas, antes que aconteçam, para que creiais quando acontecerem. Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo; mas ele não tem nada em mim.* O mundo, porém, deve saber que amo o Pai e procedo como o Pai me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.*

sábado, 3 de outubro de 2009

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA

Responso de Santo Antônio


Há alguns anos encontrei por acaso um amigo, IVAIR MACHADO REIS, que me fez parar para ouvi-lo comentar sobre o “Responsório de Santo Antonio” e as graças que ele havia alcançado depois de recitar essa oração.

Na época não dei a devida atenção porque eu estava apressado e não era tão ligado em Santo Antônio, apesar da enorme manifestação de fé do povo em nossa cidade e da presença franciscana por aqui.

Minha mãe era grande devoto do Taumaturgo desde a sua juventude.

Passarem-se os anos e, frequentando o Santuário de Santo Antônio, conhecendo melhor a sua história e, sempre participando das missas das terças-feiras, passei a rezar o responsório nas mais diversas oportunidades.

Recentemente recebi uma estampa de Santo Antônio tendo no verso o responsório e a carrego comigo.

Vale a pena ser devoto de Santo Antônio. Ele jamais falha quando se pede com fé e sinceridade.


"RESPONSÓRIO DE SANTO ANTÔNIO

Se milagres desejais,
Recorrei a Santo Antônio,
Vereis fugir o demônio,
E as tentações infernais.

Recupera-se o perdido,
Rompe-se a dura prisão,
E no auge do furacão,
Cede o mar enfurecido.

Todos os males humanos,
Se moderam se retiram,
Digam-nos aqueles que o viram,
E digam-nos os paduanos.

Recupera-se o perdido ...
Rompe-se a dura prisão,
E no auge do furacão,
Cede o mar enfurecido.

Pela sua intercessão,
Foge a peste, o erro, a morte,
O fraco torna-se forte,
E torna-se o enfermo são.

Recupera-se o perdido...
Rompe-se a dura prisão,
E no auge do furacão,
Cede o mar enfurecido.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Recupera-se o perdido ...
Rompe-se a dura prisão,
E no auge do furacão,
Cede o mar enfurecido.

Rogai por nós Santo Antônio.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo".

terça-feira, 23 de junho de 2009

"PERGUNTAS E RESPOSTAS"

"Hoje, após a Santa Missa, a Maria José me perguntou onde está o purgatório na Biblia Sagrada".

Para quem interessar aqui está a resposta,
"Do livro: Purgatório. O que a Igreja ensina".
Prof. Felipe Aquino - www.cleofas.comb.br

O PURGATÓRIO NA BIBLIA

Arquivado em: Purgatório — Prof. Felipe Aquino at 5:41 pm on sexta-feira, outubro 26, 2007

Muitos me perguntam onde está na Bíblia o Purgatório? Ele é uma exigência da razão e mesmo da caridade de Deus por nós. A palavra “Purgatório” não existe na Bíblia, foi criada pela Igreja, mas a realidade, o “conceito doutrinário” deste estado de purificação existe amplamente na Sagrada Escritura como vamos ver. A Igreja não tem dúvida desta realidade por isso, desde o primeiro século reza pelo sufrágio das almas do Purgatório.

1 - São Gregório Magno (†604), Papa e doutor da Igreja, explicava o Purgatório a partir de uma palavra de Jesus: “No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro” (Dial. 41,3). O pecado contra o Espírito Santo, ou seja a pessoa que recusa de todas as maneiras os caminhos da salvação, não será perdoado nem neste mundo, nem no mundo futuro. Mostra o Senhor Jesus, então, neste trecho, implicitamente, que há pecados que serão perdoados no mundo futuro, após a morte.

2 - O ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus do Antigo Testamento; cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. “Então encontraram debaixo da túnica de cada um dos mortos objetos consagrados aos ídolos de Jâmnia, coisas proibidas pela Lei dos judeus. Ficou assim evidente a todos que haviam tombado por aquele motivos… puseram-me em oração, implorando que o pecado cometido encontrasse completo perdão… Depois [Judas] ajuntou, numa coleta individual, cerca de duas mil dracmas de prata, que enviou a Jerusalém para que se oferecesse um sacrifício propiciatório. Com ação tão bela e nobre ele tinha em consideração a ressurreição, porque, se não cresse na ressurreição dos mortos, teria sido coisa supérflua e vã orar pelos defuntos. Além disso, considerava a magnífica recompensa que está reservada àqueles que adormecem com sentimentos de piedade. Santo e pio pensamento! Por isso, mandou oferecer o sacrifício expiatório, para que os mortos fossem absolvidos do pecado” (2Mc 12,39-45).
O autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, louva a ação de Judas: “Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado”. (2 Mac 12,44s) .Neste caso, vemos pessoas que morreram na amizade de Deus, mas com uma incoerência, que não foi a negação da fé, já que estavam combatendo no exército do povo de Deus contra os inimigos da fé. Cometeram uma falta que não foi mortal.
Fica claro no texto de Macabeus que os judeus oravam pelos seus mortos e por eles ofereciam sacrifícios, e que os sacerdotes hebreus já naquele tempo aceitavam e ofereciam sacrifícios em expiação dos pecados dos falecidos e que esta prática estava apoiada sobre a crença na ressurreição dos mortos. E como o livro dos Macabeus pertence ao cânon dos livros inspirados, aqui também está uma base bíblica para a crença no Purgatório e para a oração em favor dos mortos.

3 - Com base nos ensinamentos de São Paulo, a Igreja entendeu também a realidade do Purgatório. Em 1Cor 3,10, ele fala de pessoas que construíram sobre o fundamento que é Jesus Cristo, utilizando uns, material precioso, resistente ao fogo (ouro, prata, pedras preciosas) e, outros, materiais que não resistem ao fogo (palha, madeira). São todos fiéis a Cristo, mas uns com muito zelo e fervor, e outros com tibieza e relutância. E S. Paulo apresenta o juízo de Deus sob a imagem do fogo a provar as obras de cada um. Se a obra resistir, o seu autor “receberá uma recompensa”; mas, se não resistir, o seu autor “sofrerá detrimento”, isto é, uma pena; que não será a condenação; pois o texto diz explicitamente que o trabalhador “se salvará, mas como que através do fogo”, isto é, com sofrimentos.

4 - Na passagem de Mc 3,29, também há uma imagem nítida do Purgatório:”Mas, se o tal administrador imaginar consigo: ‘Meu senhor tardará a vir’. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar (…) e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes.” (Lc 12,45-48). É uma referência clara ao que a Igreja chama de Purgatório. Após a morte, portanto, há um “estado” onde os “pouco fiéis” haverão de ser purificados.

5 - Outra passagem bíblica que dá margem a pensar no Purgatório é a de (Lc 12,58-59): “Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo.”
O Senhor Jesus ensina que devemos sempre entrar “em acordo” com o próximo, pois caso contrário, ao fim da vida seremos entregues ao juiz (Deus), nos colocará na “prisão” (Purgatório); dali não sairemos até termos pago à justiça divina toda nossa dívida, “até o último centavo”. Mas um dia haveremos de sair. A condenação neste caso não é eterna. A mesma parábola está´ em Mt 5, 22-26: “Assume logo uma atitude reconciliadora com o teu adversário, enquanto estás a caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo” . A chave deste ensinamento se encontra na conclusão deste discurso de Jesus: “serás lançado na prisão”, e dali não se sai “enquanto não pagar o último centavo”.

6 - A Passagem de São Pedro 1Pe 3,18-19; 4,6, indica-nos também a realidade do Purgatório:”Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados (…) padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito. É neste mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos na prisão, aqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes (…).” Nesta “prisão” ou “limbo” dos antepassados, onde os espíritos dos antigos estavam presos, e onde Jesus Cristo foi pregar durante o Sábado Santo, a Igreja viu uma figura do Purgatório. O texto indica que Cristo foi pregar “àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes”. Temos, portanto, um “estado” onde as almas dos antepassados aguardavam a salvação. Não é um lugar de tormento eterno, mas também não é um lugar de alegria eterna na presença de Deus, não é o céu. È um “lugar” onde os espíritos aguardavam a salvação e purificação comunicada pelo próprio Cristo.


Do livro: Purgatório. O que a Igreja ensina.
Prof. Felipe Aquino -
http://www.cleofas.comb.br/

sexta-feira, 3 de abril de 2009

"Por que me persegues?" História da Igreja Católica

                  "Por que me persegues?
"História da Igreja Católica (continuação)

3. Nasce a Igreja

Os Evangelhos mostram a Igreja como um barco, no qual Jesus está presente, embora em alguns momentos pareça estar dormindo (Mt 8,23-27). O mar que este barco atravessa é a História, às vezes calmo, outras vezes turbulento e ameaçador. Há quase dois mil anos o barco saiu de seu porto. Não sabemos quando chegará ao seu destino, mas temos certeza de que Jesus nunca o abandonará. A Igreja é um projeto que nasceu do coração do Pai, prefigurada desde o início dos tempos, preparada na Antiga Aliança com Israel, instituída por Cristo Jesus. A Igreja é o Reino de Deus misteriosamente presente no mundo. Ela se inicia já com a pregação de Jesus. Foi dotada pelo Senhor de uma estrutura que permanecerá até o fim dos tempos. Edificada sobre Pedro e os demais apóstolos, é dirigida por seus legítimos sucessores. A Igreja começa e cresce do sangue e da água que saíram do lado aberto do crucificado. Nela se conserva a comunhão eucarística, o dom da salvação oferecido por Jesus em nosso favor. A Igreja é indefectivelmente santa, sem mancha e sem ruga, porque o próprio Deus nela habita, santificando-a por sua presença. O pecado dos fiéis não lhe pertence. Só em sentido derivado e indireto se pode falar de "Igreja pecadora".
Em Pentecostes, "a Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou a difusão do Evangelho com a pregação" (Ad Gentes, n. 4).
Pentecostes do ano 30. Todos reunidos: os apóstolos, Maria, parentes de Jesus, algumas mulheres. Um ruído de ventania desce do céu. Línguas como de fogo surgiram e se dividiram entre os presentes. Todos ficaram repletos do Espírito de Deus e começaram a falar em outras línguas.
Esta assembléia inicial, esta kahal, ekklesia, igreja, é o princípio. Depois do prodígio das línguas, Pedro dirigiu-se à multidão reunida na praça e fez uma memorável pregação. Muitos se converteram, especialmente judeus vindos da Diáspora. Estes levaram a Boa-Nova aos seus locais de origem, o que provocou o surgimento, bem cedo, de comunidades cristãs em Damasco, Antioquia, Alexandria e mesmo em Roma. Alguns helenistas, no entanto, permaneceram em Jerusalém. Para cuidar de suas necessidades materiais, os apóstolos escolheram sete diáconos.
Filipe, um dos sete, evangelizou em Samaria (foi lá que Simão, o Mago, ofereceu dinheiro aos apóstolos Pedro e João em troca do Espírito Santo, donde o termo simonia - tráfico de coisas sagradas e de bens espirituais) e anunciou à Boa Nova a um etíope, funcionário da casa real de Candace.
Estevão era o diácono que mais se destacava. Por sua pregação incisiva, é detido pelas autoridades judaicas, julgado e apedrejado como blasfemador. Torna-se o primeiro mártir da História da Igreja. Enquanto é assassinado, perdoa os seus perseguidores e entrega, confiante, a sua vida nas mãos de Jesus.






4. "Por que me persegues?"

Saulo, Schaoul, natural de Tarso da Cilícia, filho da tribo de Benjamim, a mesma do rei David. Filho de comerciantes ricos, cidadão romano, ligado à seita dos fariseus, aluno do glorioso rabino Gamaliel, zeloso defensor da Torá.
Depois de oito dias atravessando a estrada arenosa que ligava Jerusalém a Damasco, o coração cheio de fúria, inflamado pelo fanatismo religioso, Saulo estava cansado mas prosseguia com obstinação. Era mais ou menos meio-dia.
Subitamente, uma luz muito forte o envolveu e o fez cair por terra. Enquanto tentava compreender o que estava acontecendo, ouviu uma voz: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" Assustado, perguntou: "Quem és, Senhor?" A voz lhe respondeu: "Eu sou Jesus a quem tu persegues". "Senhor, que queres que eu faça?" A voz disse: "Levanta-te, entra na cidade. Aí te será dito o que deves fazer".


Saulo, o perseguidor, converteu-se no grande arauto do cristianismo, um caso único. Alguém que não chegou a conhecer Jesus pessoalmente, que não fazia parte dos doze, mas que se lançou na difícil missão de evangelizar os povos pagãos, percebendo que não era necessário passar pelo judaísmo para se tornar discípulo de Jesus.
Embora Pedro já tivesse aberto a porta da Igreja para os gentios, Saulo, ou Paulo, merece sem dúvida o título de Apóstolo das Gentes.
Em 44, achava-se na cidade de Antioquia (foi lá que pela primeira vez os discípulos de Jesus receberam o nome de "cristãos") com Barnabé. Ao longo de um ano trabalharam juntos. Na primavera de 45, tomaram um barco para a ilha de Chipre e depois seguiram para a Panfília, percorrendo, em seguida, a Licaônia. Paulo entrava nas sinagogas, pregava, procurava demonstrar que Jesus era o Messias esperado usando as Escrituras. Depois, voltava-se para os pagãos e anunciava-lhes a Boa-Nova. Sempre encontrou muitos obstáculos no seu ministério, principalmente a oposição de seus irmãos de raça.
 Quando voltou para Antioquia entrou em confronto com os judaizantes, que impunham o rito da circuncisão como pré-requisito para seguir Jesus. A controvérsia é levada até Jerusalém, diante de Pedro, Tiago e João (o famoso Concílio de Jerusalém, cerca de 49), os quais aprovam o procedimento de Paulo. Para salvar-se o que importa não é a circuncisão, mas a fé em Cristo que opera pela caridade. Isto selou o rompimento do cristianismo com o judaísmo.


Em 49, Paulo sai de Antioquia para uma viagem de três anos. Deixa Barnabé e toma Silas como companheiro. Na cidade de Listra, Paulo e Silas encontram Timóteo e seguem atravessando a Frígia e a Galácia, alcançando a Macedônia. Em Filipos são presos. Em Tessalônica são acusados de adversários do imperador pelos judeus, porque diziam que Jesus era rei. Em Beréia, a sinagoga escuta atentamente a pregação de Paulo, comparando suas palavras com o que havia nas Escrituras.
Quando entra em Atenas, fica impressionado com a enorme quantidade de ídolos e monumentos aos deuses. Discute com os atenienses na ágora, tentando usar um pouco da linguagem da filosofia para lhes falar de Jesus. Quando trata da cruz e da ressurreição, no entanto, é ridicularizado. Crer que um escravo crucificado saiu de seu túmulo era demais para a sofisticação intelectual grega.
Logo a seguir desce para Corinto, cidade portuária, na qual existem dois escravos para cada homem livre. Lá, onde trabalha muita gente vinda do Oriente, o acolhimento do Evangelho é maior do que em Atenas. Como fabricante de tendas, Paulo fica na cidade por dezoito meses. Neste período envia suas duas cartas aos Tessalonicenses. Após uma breve escala em Éfeso, Paulo volta para a Síria pelo mar.
Em 53, Paulo realiza sua terceira viagem missionária, a mais demorada de todas. Escolhe Éfeso como base de ação (54-57), de onde envia a epístola aos Gálatas e a primeira epístola aos Coríntios. Em Corinto estavam surgindo divisões que enfraqueciam seriamente a comunidade.
Um fabricante de estatuetas de Ártemis provoca um grande tumulto em Éfeso, contra os cristãos, o que obriga Paulo a partir. O apóstolo segue para a Macedônia, onde escreve a segunda epístola aos Coríntios. Fica em Corinto novamente e de lá redige a carta aos Romanos, pedindo ajuda para efetuar uma viagem evangelizadora até a Espanha.
Antes disso é preciso ir até Jerusalém levar a coleta feita no Oriente em favor da Igreja-mãe. Saindo de Filipos, ele passa por Trôade e depois chega a Mileto. Aos efésios, que foram encontrar-se com ele, confidencia que não espera mais vê-los.
Em Cesaréia tentam detê-lo. No ano de 58, em Pentecostes, encontra-se na cidade santa. Quase linchado, é preso. Quando vai ser flagelado, apela para sua condição de cidadão romano, e faz com que o enviem a Cesaréia, onde mora o procurador Félix. A questão se arrasta por dois anos. O sucessor de Félix Festo, cansado de ouvir os apelos de Paulo a César, envia-o para Roma.
Quando finalmente chega à capital do Império, passa dois anos em liberdade vigiada, correspondendo-se com as comunidades de Colossas, Éfeso e Filipos. Neste ponto se encerra a narrativa dos Atos dos Apóstolos.


As epístolas a Tito e a Timóteo são de um segundo cativeiro, na época da perseguição de Nero.


O manto de Estevão foi deixado aos pés de um jovem admirador do ideal farisaico chamado Saulo.