sexta-feira, 6 de abril de 2012

"COMO DEVEMOS REZAR?"

Ontem, Quinta-feira Santa, participei da Santa Missa das 20:00 hs como é meu costume. Terminando a Missa, por sinal muito bonita como são todas as celebração da Semana Santa, optei por permanecer na igreja vivendo um pouco a vigília que duraria até a meia-noite. Entretanto, a atividade que se seguiu não correspondeu à minha expectativa e por isto voltei para casa com uma pergunta: "COMO DEVEMOS REZAR?"
E, em resposta encontrei num Site Apostolado dos Sagrados Corações ...) a presente orientação:

"COMO DEVEMOS REZAR?"
A Oração pode ser padronizada, como por exemplo: PAI NOSSO, SALVE RAINHA, AVE MARIA, ou improvisada, com palavras próprias saídas do coração. Todavia, independentemente do modo escolhido, é necessário existir o desejo de rezar, considerando que cada pessoa deve se preocupar em reservar um tempo necessário em cada dia, para elevar a sua prece a DEUS.


Como se trata de uma atividade especial, deve ser revestida com a maior atenção e o maior respeito, sendo necessário o silêncio e deve se evitar a interrupção da oração. Significa dizer, que para rezar corretamente, o fiel deve procurar esquematizar os seus afazeres, a fim de poder construir em sua mente ou guardar no coração, as palavras mais carinhosas e cheias de afeto que irá pronunciar na prece, procurando fazer daquele momento um acontecimento singular, onde exercitará a sua melhor e mais sincera demonstração de amor à DEUS.


Entretanto, o momento da Oração não deve causar preocupações e temores, com a procura de uma maneira ou de um modo para se rezar. A Oração deve ser simples, diária e acompanhada de atitudes modestas e espontâneas. Nada de afetação... Também numa Oração comunitária, nada de querer falar mais alto do que as pessoas presentes... Nada de querer "aparecer"... Cada criatura tem o seu próprio jeito de falar e de externar os seus sentimentos e afetividades, os quais lhe permitem um modo normal e eficaz de comunicação. Por isso também, importante é não ser comodista, apressado ou preguiçoso, porque procedendo assim, dificilmente as suas palavras alcançarão o Coração do SENHOR.


Servindo a Oração como o melhor acesso à DEUS, as pessoas ao rezar devem procurar estar tranquilas e disponíveis, conscientes de sua insignificante condição de pecador, porque quanto mais humilde o fiel se colocar, as suas orações terão muito mais méritos e servirão verdadeiramente como poderoso apelo à misericórdia de NOSSO SENHOR.


Há momentos de impaciência, de nervosismo ou de aflições provenientes de acontecimentos do cotidiano. Neles é quando a oração se faz muito importante. Por que devemos controlar o próprio sofrimento interior e entregá-lo a DEUS, pela conversão dos pecadores ou em benefício das almas que padecem no Purgatório, e suplicar a misericordia do SENHOR para a nossa vida.


Também, não importa a beleza e nem a singeleza das palavras... DEUS é PAI e sempre nos acolhe como filhos. Chamamos o CRIADOR de "Ser Supremo" , de "Todo-Poderoso", "Onipotente" , "Onisciente" , e tantas outras expressões, querendo manifestar através das palavras a grandeza ilimitada do SENHOR. Entretanto, todas estas palavras são expressões finitas, que na verdade servem apenas para atender a necessidade de comunicação entre as pessoas. Elas querem exprimir a realidade Divina, mas não conseguem, porque a realidade de DEUS é infinita. As palavras só servem mesmo para o entendimento humano, elas não tem o poder de revelar uma qualificação do SENHOR. DEUS é eterno e absoluto, nossa mente não tem meios de alcança-LO, para descreve-LO e defini-LO através das palavras. Dessa forma, todos os superlativos que usarmos ao nos referirmos ao CRIADOR, por maiores e mais belos que sejam dentro do conceito humano, sempre se tornam diminutivos na presença de DEUS. O SENHOR deve ser entendido como um "Ser-em-Si" , sem princípio e nem fim, único, absoluto e eterno.


Estas considerações nos trazem presente a grandeza da misericórdia Divina que sempre acolhe as nossas orações e pedidos, sedimentando em nossa mente a certeza, que deveria existir por parte da humanidade uma resposta honesta ao CRIADOR, alicerçada na perene gratidão pelo dom da vida e pelas incontáveis graças, que generosamente ELE derrama sobre todos os seus filhos, independentemente do merecimento de cada um. Esta realidade convida de modo enfático e concreto, a humanidade de todas as gerações ao cultivo do amor a DEUS, evidenciando a necessidade de existir em cada fiel, disponibilidade e disposição para rezar, como providência inteligente, objetivando estabelecer uma efetiva relação de amizade com o SENHOR, como medida urgente e insubstituível, se queremos que o CRIADOR se manifeste claramente em nosso benefício, em face de nossas constantes necessidades. Mas isto deve ser feito naturalmente, com a convicção de que somos filhos de DEUS, que vivemos porque DEUS permitiu que nascêssemos para a vida, e dessa forma, entendermos também, que terminada a nossa missão terrestre, retornaremos definitivamente aos braços carinhosos do CRIADOR.


Então não é difícil raciocinar, que pelo fato de termos recebido a graça de nascer e ganharmos o dom da vida gratuitamente pela bondade ilimitada do CRIADOR, o mínimo que as pessoas devem fazer, é demonstrar gratidão, através de um desempenho correto no decorrer dos anos e viver conforme a Vontade do SENHOR. Em outras palavras, aceitar a paternidade Divina e portar-se como um verdadeiro filho de DEUS.


Sem dúvida, isto exige de cada criatura muita humildade e uma sólida fé na Verdade Cristã. Estes dois requisitos são também essenciais para que exista uma perfeita comunicação entre a criatura e o CRIADOR. Isto, para não transformar a Oração, que é um momento sublime de comunhão com DEUS, num mercado de pechinchas, de pedidos e mais pedidos. Aquele que acredita, sabe que DEUS conhece todas as suas necessidades, e que ele deve trabalhar firme para vence-las, isto porque no momento oportuno o SENHOR intervirá e concederá o auxílio e a ajuda necessária que ele precisa, para vencer e ultrapassar os diversos tipos de obstáculos. Quanto maior e mais consistente for a fé que existir nesta verdade, mais ligeiro e mais fácil o problema será resolvido.


Mas isto , não significa dizer que durante as orações não devemos fazer nenhum tipo de pedido ao SENHOR ... ELE Mesmo disse: "Pedi e vos será dado... Pois todo o que pede recebe;"(Lc 11,9-10) Podemos e devemos pedir ao CRIADOR o que necessitamos para nós individualmente e para os nossos parentes, familiares e até para a humanidade. É uma demonstração que reconhecemos o infinito poder e a incomensurável misericórdia Divina, da mesma forma que filialmente confiamos e aceitamos DEUS como PAI.


Entretanto é necessário que haja bom senso nas pessoas e procurem discernir o momento adequado para realizar um pedido. Porque não é só pedir e "cruzar os braços", esperando que o SENHOR faça tudo sozinho, enquanto aquele que pede, fica escondido em casa ou em algum lugar, ou confortavelmente instalado esperando que as coisas aconteçam pela misericórdia do CRIADOR. Não é assim que funciona ... DEUS ajuda, mas quer que cada pessoa participe, lute e se esforce pelos seus direitos e ideais, mesmo enfrentando todos os tipos de dificuldades. ELE quer que as pessoas procurem realizar os seus trabalhos com decisão, honestidade e humildade, a fim de que ELE satisfeito com o desempenho de seu filho, utilize o espaço para beneficia-lo.


Por isso também, as pessoas nunca devem se esquecer de agradecer ao SENHOR pela inspiração e o auxilio recebido, colocando em evidência a convicção de que sem a ajuda Divina, não seria possível alcançar o objetivo com êxito. Este procedimento deve ser natural e fazer parte da vida daqueles que tem fé e amam a DEUS. Porque deve ser um acontecimento normal como tantos outros, que nascem do cultivo de um relacionamento sincero, aberto, confiante e espontâneo com o CRIADOR. Da mesma maneira e com a mesma liberdade que tratamos e conversamos com os nossos pais, devemos nos dirigir e conversar com DEUS, para segredar-LHE as nossas desilusões, as quedas e os fracassos do cotidiano, e com procedimento idêntico, comemorarmos com ELE, as vitórias e as conquistas alcançadas, assim como todos os resultados consoladores que conseguirmos, pela ajuda sempre pronta, carinhosa e oportuna que ELE nos dá.


Vivendo assim, suas Orações terão uma intensidade tão grande, que com certeza, serão ouvidas em todos os recantos do Paraíso Eterno, como música suave e agradável ao SENHOR, que jamais deixará de olhar em sua direção e abençoar a sua caminhada existencial.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

PAZ E ALEGRIA

Mexendo em meus guardados, encontrei um "Bilhete Mensal do Apostolado da Oração no Brasil, ano 105 - janeiro 1979 - nº 1240", refletindo sobre "PAZ E ALEGRIA".

"Não podemos estar sempre na alegria, podemos, contudo, estar sempre na paz".

Assim continua a reflexão:

*   Um ano novo inicia. Agradeçamos a Deus tudo o que 1978 nos trouxe e representou em nosssa vida.
Agora, olhemos para frente, iniciando o Ano Novo com estusiasmo, fé e confiança em Deus.

Qual é o maior tesouro de um coração humano? Paz, alegria interior.

*   Quando Golda Meir perguntou ao celebre pianista Rubinstein, durante uma tournée artistica em Israel, qual seria o maior acontecimento de sua vida este lhe respondeu:
- O maior acontecimento em minha vida deu-se, quando Yashua ha-Mashia (Jesus, o Senhor) conquistou o meu coração. Face à surpresa de Golda Meir, Rubinstein completou seu pensamento: Desde então minha vida tomou novo rumo e eu passei a experimentar PAZ E ALEGRIA.

*   Um rico industrial encontrou-se com um pobre monge, homem  de fé e de grande intimidade com Deus. E o diálogo aconteceu:

- Onde moras, reverendo?
- Numa caverna, senhor?
- É possível viver numa caverna?
Gostaria de conhecê-la.
O monge conduziu o rico industrial até lá. Não havia móveis, cama, armários, nada. Uma simples caverna, despojada ao extremo. Perplexo, intrigado, o homem rico falou:
- É possível viver só com isso?
- Claro que sim, - respondeu o monge. - Tenho tudo. Tenho PAZ ...

*    E quando me perguntaram o que eu mas gostaria de fazer, na minha vida, respondi:
      - Restituir alegria,  fé e esperança aos que perderam o sorriso ao longo da caminhada.

                                                          Pe. Roque Schneider. S.J.